O desenvolvimento do recife artificial marinho e os protocolos oficiais são projetados para realçar o uso dos recifes artificiais como ferramentas de gerência do ecoturismo. É hoje um esforço de encontrar-se com a crescente demanda de oportunidades recreacionais do ecoturismo com uma forma ambiental compatível.

Átila Kaiser e Luiz Henrique Fabris

Recife artificial marinho é definido como uma estrutura construída e planejada intencionalmente para criar um ponto de atração para a conservação ou preservação das comunidades naturalmente estabelecidas com a finalidade de realçar os recursos naturais e as oportunidades recreacionais do ecoturismo como pode ser demonstrado na figura 1.

Figura 1 Recife artificial marinho instalado há duas horas.
Início da colonização por peixes e o visitante ecoturista
contemplando a natureza. Fonte: Reef Ball Development
Group and Foundation, 2000

O desenvolvimento do recife artificial marinho e os protocolos oficiais são projetados para realçar o uso dos recifes artificiais como ferramentas de gerência do ecoturismo. É hoje um esforço de encontrar-se com a crescente demanda de oportunidades recreacionais do ecoturismo com uma forma ambiental compatível. Como ferramenta também objetiva:

- prover o desenvolvimento e maximizar o sucesso futuro do ecoturismo na zona costeira capixaba;

- implementar recifes artificias marinhos para beneficiar os visitantes ecoturistas; e
- manter comunicação aberta para interagir com as informações subsidiadas pelos ecoturistas sobre os recifes artificiais marinhos.

Com este intuito a Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEAMA projetou e está planejando como material de oportunidade o primeiro naufrágio controlado de um navio na costa capixaba e brasileira, o NM VICTORY 8B, figura 2.

Figura 2 Navio Victory 8B, primeiro naufrágio controladono mar territorial capixaba e brasileiro.
Fonte: SEAMA, 2000

Contudo para cumprir estes objetivos as prioridades da SEAMA devem dirigir a seleção do local levando em consideração: a geologia inferior do oceano; os fatores oceanográficos; a qualidade da água; e a configuração do recife artificial.
Para melhorar o esforço de maneira que os recifes artificiais são projetados os critérios que produzirão a quantidade máxima de benefício possível para a comunidade biológica e para os usuários do recife passa por:

Critério custo-benefício:

- distância da costa;
- facilidade de monitoramento e manejo;
- custo de desenvolvimento e manutenção; e
- benefícios à economia local.

Estes critérios nortearão os prováveis locais a serem definidos para o naufrágio do navio como a primeira etapa do projeto. A figura 3 demonstra algumas possibilidades contempladas no mar territorial capixaba.

Figura 3 Locais prováveis para o primeiro naufrágiocontrolado de um navio na costa capixaba
e no Brasil.

A metodologia utilizada para o projeto Recifes Artificiais Marinhos do Espírito Santo é adaptada do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná, em seu terceiro ano de monitoramento. A primeira etapa prevista para o projeto será desenvolvida com o naufrágio do VICTORY 8B, seguindo as convenções internacionais de preparo da superestrutura garantindo o afundamento com segurança.

Maiores informações:
Átila Kaiser - atilakaiser@hotmail.com
Luiz H. Fabris - lhffabris@hotmail.com
CZAAP/SEAMA

 

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